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Infanto_Juvenil-->o rei vira linguiça -- 06/04/2003 - 11:24 (Josè Valdivino Amaral) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A ACONTECIDA HISTÓRIA, NÃO TÃO VERDADEIRA, DA RAINHA BARRIGUDA QUE ESPERAVA UM NENÊ PARA A FESTA A FANTASIA MARAVILHOSA QUE NÃO ACONTECEU PORQUE VIRAVAM LINGÜIÇA FRITA

A história que vou contar aconteceu. Talvez não seja verdadeira e você pode acreditar se quiser... mas que aconteceu, aconteceu.
Aconteceu num castelo, que aconteceu num reino, que aconteceu num país, que aconteceu com um povo... mas que aconteceu, aconteceu.
Era um rei muito barrigudo, que era o que reinava, e era casado com uma rainha mais barriguda ainda. O nome do rei era uma que ninguém podia falar (Dorfeneu) e o nome da rainha era Dorotélia. E como todo rei barrigudo, ele tinha um cavalo... mas nunca andou no cavalo, porque ele era tão barrigudo, que o cavalo não agüentaria.
Por isso o grão-vizir teve uma idéia:
- A rainha vai ter um nenê... um príncipe, que vai poder andar no cavalo.
- O que?!!!! Eu, essa rainha gostosa e barriguda ter um nenê... não quero!!!
E o grão-vizir conversou com o rei, e começou a arquitetar um plano maravilhoso para que a rainha quisesse ter uma criança.
Primeiro ela fez um desfile de crianças comportadas e educadas para o rei e a rainha... mas nada... ela só queria saber da catar piolhos.
Depois ele encheu o castelo de balas... mas os empregados comeram tudo... nem o rei nem a rainha ficaram sabendo.
Então ele apelou: chamou a lavadeira da rainha e rasgou todas as roupas dela, e depois preparou um grande baile a fantasia.
A rainha queria por que queria ir no baile que o grão-vizir estava promovendo, por isso mandou vir de bem longe um grande costureiro, que faria a roupa mais fantástica que alguém pudesse imaginar.
O costureiro veio, mas o rei e o grão-vizir fizeram ele acreditar que a rainha estava esperando nenê, por isso ele fez roupas para quem espera nenê... aí quando a rainha foi experimentar a roupa, ficou tão encantada com a roupa, que decidiu que iria começar a esperar nenê ali mesmo, só para poder vestir a roupa... fez o grão-vizir adiar a festa até que ela estivesse realmente esperando nenê.
O rei comprou uma cama grande e colocou no seu quarto, e toda noite a rainha ia para o quarto do rei para fazer o nenê... e durante o dia ficava olhando para o céu para pensar no nome que iria ter o seu nenê... e como seria ela chegando esperando nenê na maravilhosa festa a fantasia do grão-vizir.
Mas o tempo passou... Passou um mês... Passaram três meses... Passou um ano e a barriga da rainha era só barriga de rainha, e não barriga de quem espera nenê...
O rei comprou uma cama maior... depois outra cama.. até que teve que fazer uma castelo só para colocar a cama, de tão grande que era... e encheu o quarto de enfeites para quem visse ficasse grávida...
Todas as empregadas, cachorrinhas, éguas, passarinhas, cobras, lagartixas, ratazanas, baratas, formigas, coelhas, tigrezas, pombas, gatinhas, mulas, vaquinhas, porquinhas, elefoas, camelas, roupas, caveiras, meninas, flores, velas, chícaras, manequins e até os retratos de qualquer coisa que fosse fêmea do castelo ficaram grávidas, até a mãe do rei, (que já tinha 98 anos, e ninguém sabia que estava namorando o contador, que só tinha 18 anos) ficou ligeiramente grávida.
Só a rainha não ficou grávida... que pena.
O rei mandou vir de outro pais uma remédio para fazer a barriga da rainha engravidar...
Era um remédio tão milagroso, que até o copo e a colher que mexeram nele ficaram esperando nenê, e quando derramaram na pedra... até a pedra engravidou...
Mas o resultado foi uma caganeira danada em todo mundo castelo, pois era uma remédio tão gostoso que começaram a tomá-lo todo dia no café da manhã... depois colocaram na água e deram uma nome de não-sei-o-que-lá-cola e venderam nos bares.
Inconformado, mandou o rei trazer um médico e um bruxo e uma feiticeira e um domador de cavalos e um arqueólogo e uma rezadeira e uma tradutora de línguas estranhas e um técnico em ensaios de cães bonitos e uma atriz famosa e um sapateiro e um homem que ninguém sabia o que ele era...
Resultado: o médico receitou um chá; o bruxo receitou outro chá; a feiticeira receitou outro chá; o domador de cavalos casou-se coma mãe do rei; o arqueólogo descobriu um tesouro enterrado e fugiu levando tudo só para ele; a rezadeira era muda; a tradutora de línguas estranhas não era muda, mas era feia; o técnico em ensaio de cães bonitos fez uma espetáculo e foi morar embaixo de um pé de manga; a atriz famosa esqueceu o horário do jantar; o sapateiro era ótimo cozinheiro; o homem que ninguém sabia o que ele era, ninguém continuou sabendo.
Quando já tinha passado já dois anos quatro meses, oito dias e treze horas que a rainha tinha decidido que estaria esperando nenê no dia da maravilhosa festa a fantasia do grão-vizir, é que o grão-vizir sugeriu ao rei que quando encontrasse com a rainha na cama verde do tamanho de um castelo, que eles tirassem a roupa para ficarem bem juntinhos...
Aí aconteceu...
Não, ela ainda não engravidou, mas o rei e a rainha não quiseram saber de mais nada além de ficarem trinando para o nenê...
Até que o rei e a rainha ficaram sem barriga... e resolveram parar um pouco e voltar a ficar barrigudos.
Foi no dia que declararam guerra ao rei barrigudo por ele prometer e não ir num casamento na beira de um lago que ficava do lado de um cemitério que ficava no alto de uma montanha que ficava ao lado de uma cidade clara que ficava junto de uma castanheira velha que ficava verde no verão que era muito quente que ninguém gostava de sair de casa para comprar farinha para fazer farofa que ninguém queria deixar de comer, que a rainha espirrou... aí todo mundo ficou sabendo que ela estava esperando nenê... e até a guerra eles adiaram.
Mas quando a rainha foi novamente experimentar a fantasia maravilhosa para a festa, percebeu:
- Está faltando uma chapéu! EU QUERO UMA CHAPÉU!!!
Imediatamente mandou-se chamar o fazedor de chapéus oficial do reino que ninguém aponta pra cima... mas esse estava com uma danada de uma coceira na barriga, e não podia parar de coçar para fazer a chapéu.
Foi aí... aí... que apareceu o homem mau dessa história: O fedorento Fazedor de Chapéus sem Dentes.
Ele era tão mau, que nem rato tinha na sua casa... tão mau que não soltava pum, mas respirava fedendo e falava só coisa feia... Só que era bonito e fingia que era bonzinho. (ou será que ele era bonzinho, mas todo mundo pensa que ele é mal só porque eu quero isso?)
- Qual a chapéu que a rainha quer? Perguntou o fedorento.
- Uma chapéu com cheiro de flor e com cor de nuvem e com jeito de cidade e com luz de vaga-lume e com volta de escada e com sorriso na aba.
O Fedorento fazedor de chapéu foi no rio, comprou um peixe frito e levou pra casa pra comer... enquanto comia o peixe frito, fazia a chapéu da rainha.
Depois de mais três semanas, ele voltou no castelo para levar a chapéu, e descobriu que o castelo não tinha portas para entrar, só para sair.
Ele então pulou o muro:
- Rainha barriguda... eis sua chapéu maravilhosa.
Só que a rainha tava com dor de dente, por isso não riu, e o fazedor de chapéus ficou muito, mais muito, mais muito, mais muito chateado mesmo.
- Saça Saço Sarará... Toré Tore Torá.
E foi embora...
Mas a rainha que não sabia o queria dizer aquilo, mandou que ele voltasse... mas ele não voltou.
Então prenderam ele no quarto escuro-frio-fedorento-e-sujo até que ele contasse o que havia falado...Mas nada.
Então a rainha mandou que ficassem só falando coisas feias no ouvido dele, dia e noite, até que ele contasse... mas nada.
E de tanto falarem coisas feias no ouvido do fedorento fazedor de chapéus, ele teve um susto e esqueceu de tudo... até de existir...
Depois de alguns dias, aconteceu a maravilhosa festa a fantasia do grão-vizir, e como ele convidou o rei que queria fazer guerra com o rei barrigudo, de tanto contarem piada um para o outro, resolveram que não iam fazer uma guerra de tiros e canhões, mas uma guerra de piadas... e quem conseguisse matar o outro de tanto rir, ganharia um ovo de chocolate no natal... mas um ovo muito grande e muito gostoso e muito docinho e muito lisinho e muito saboroso e muito precioso e muito brilhante e muito chocolatado e muito colorido e muito redondo e muito embrulhado e muito fabuloso e muito inesquecível e muito repartível e muito amanteigado e muito comível e muito oval...
Foi no dia que nasceu o príncipe, pois ninguém queria que nascesse uma princesa, pois princesa prefere passear na lagoa que andar de cavalo, que acabou a guerra de piadas entre os dois reis.
Não houveram perdedores, mas daquele dia em diante o reino que ninguém aponta para cima, mudou de nome para reino que todo mundo ri de piada de gordo... e dividiram o ovo de chocolate de natal entre os dois reinos, o que deu para alimentá-los por sete anos e três dias... todo mundo é banguela.
A partir desse dia começaram a vir as pessoas de vários reinos para dar um presente para o pequenino príncipe, filho do rei barrigudo... só que todo mundo reparou uma coisa muito feia: o príncipe não era barrigudo... era só bonito.
E para ninguém ficar de mal com o rei, ninguém contava isso para ele.
Mas aí aconteceu:
- Saça Saço Sarará... Toré Tore Torá. A maldição que o Fedorento Fazedor de Chapéus começou a funcionar...
Todo mundo que ia visitar o rei barrigudo, quando falava o nome dele, acontecia algo muito terrível.. Começou no dia que choveu muito e os coçadores de orelha foram levar um pato gordo para o rei barrigudo... mas um dos coçadores falou o nome do rei... e no mesmo instante virou uma grande lingüiça frita... como estava todo mundo com muita fome, pos o rei comeiu sozinho pato gordo, eles comeram a lingüiça.
E todo dia quando alguém falava o nome do rei, dentro do castelo, imediatamente virava uma lingüiça frita.
No início ninguém reparou que as pessoas começaram a sumir, mas acharam estranho o tanto de lingüiça que aparecia pelo castelo, e cada vez menos pessoas para come-las. A cozinheira achou três em cima do banco da cozinha; a faxineira velha achou uma ao lado da porta, e não encontrou o guarda; a faxineira nova encontrou uma em cima de sua cama quando foi dormir, mas não achou o marido, e pensou que a lingüiça fosse um presente para ela; o motorista achou uma dentro do porta mala do carro, e não viu mais sua namorada; o jardineiro era o que mais achava lingüiças no jardim, e ficava feliz porque não tinha mais as crianças brincando no seu belo gramado.
Foi no dia que o grão-vizir esqueceu o nome do rei barrigudo, que perguntou para o primo do irmão do cunhado do ajudante de seu secretário, e o viu virar uma lingüiça frita na sua frente, é que eles perceberam o que estava acontecendo.
Imediatamente o rei foi comunicado do que acontecia, e baixou um decreto decretado por decreto, que ninguém mais poderia falar o nome dele dentro do castelo... só que ninguém sabia o nome dele, pois aqueles que sabiam, todos viraram lingüiça frita.
Para acabar com sua maldição ele mandou avisar em muitos e muitos reinos que estavam proibidos de pronunciar o nome dele dentro do castelo, ou viraria lingüiça frita... mas um dia teve uma greve de funcionários públicos, e todos foram para o castelo para exigir que o rei resolvesse o problema... mas ao falarem o nome deles, todos viraram lingüiça frita.
E o reino virou o maior exportador de lingüiça frita do mundo.
Mas no dia que o filho do rei barrigudo foi cantar parabéns a você nesta data querida muitas felicidades muitos anos de vida para o seu pai, e falou alto o nome dele e virou uma lingüiça frita, o rei decidiu acabar com a maldição.
Mandou fazer outro castelo, onde poderiam falar seu nome sem virar lingüiça... e pintou-o de azul bem bonito... e chamou a rainha barriguda para fazer outro príncipe... e fizeram outra festa a fantasia só para a rainha aparecer mostrando que estava esperando nenê de novo... mas ninguém foi na festa, com medo de virar lingüiça frita... por isso não aconteceu festa a fantasia coisa nenhuma.

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